30 de jan. de 2011

"Assim como as estações, as pessoas têm a habilidade de mudar. Não acontece com freqüência, mas quando acontece, é sempre para o bem. Algumas vezes leva o quebrado a se tornar inteiro de novo. Às vezes é preciso abrir as portas para novas pessoas e deixá-las entrar. Na maioria das vezes, é preciso apenas uma pessoa que tenha pavor de demonstrar o que sente para conseguir o que jamais achou possível. E algumas coisas nunca mudam. E que comece o novo jogo."
Gossip Girl


26 de jan. de 2011

Minhas Meias!! Nããão..

Andando pelo parque eu lembrei de um tempo que realmente eu tinha certeza que não ia mais voltar. O tempo que eu ganhava dinheiro fácil, enganando alguns e mentindo para outros. Não me orgulho, mas era bom. Hoje em dia, só consigo comprar as coisas mais urgentes. Surgiu uma nova oportunidade de um dinheiro fácil, porém sujo. Não sei se valia a pena arriscar, mas eu precisava da grana. Resolvi que ninguém igual precisava saber, seria mais um segredo para mim. Simples, se não o mais. No sábado fui até o cais, onde num dos armezéns o pessoal da lavagem se concentrava. Tinha um empreendedor, ele era o cabeça e com a grana comprariam uma onça para repassar a um zoo clandestino. O negócio era certeiro, e a grana era alta. Meter-se na jogada tinha valido à pena e eu voltava as boas. A entrega estava prevista para dali a um mês. Nada podia dar errado, a jogada era perigosa, nós estávamos nos arriscando de mais mas o mês havia passado rápido e sem ninguém desconfiando. Quem desconfiaria de um armazém, que recebia cargas uma vez por dia? O plano ia perfeito, a onça tinha chegado e por sorte era bem tranquila, não fazia alardes e era fácil de manter até a hora da entrega. Quem poderia me dizer na época que aquela onça DEVERIA estar fazendo barulhos? Pois bem, a onça veio morta, o negócio foi pro espaço, o cheiro ficou muito forte (ela havia morrido há horas), os vizinhos do armazém chamaram a polícia e eu fugi pra Argentina. Nem minhas meias sobraram. Buá. :'(


18 de jan. de 2011

Mudanças

Recentemente quando estava voltando de uma participação num atrativo culinário de um canal de TV local, vi um bueiro. Mas o que tinha chamado minha atenção foi o pequeno papel dobrado duas vezes no meio. Receita Mágica era o título da pequena dobradura. Uma olhada rápida não faria mal e também, ele estava perdido. Comida sempre foi uma paixão minha, e não faria mal experimentar essa receita. Fui para casa, notei que o dia tinha ficado nublado e uma chuva bem grande se aproximava. Já na cozinha pronta para encarar a tal receita o telefone toca. Uma voz desconhecida dizia em bom som: não faça a receita. Não fazer a recita? Por que? Resolvi continuar mesmo assim, sempre com a lembrança da voz na minha cabeça. O resultado era uma linda e deliciosa torta de romã. Nada de mais ao meu ver. Sinceramente, queria descobrir quem foi o louco que me ligou mas não tive tempo de pensar, só de correr e nem foi para fugir, foi para ir ao banheiro. Eu estava achando que meus intestinos tinham virado de tão ruim que eu me sentia. Não poderia ter sido a torta, todos os ingredientes tinham sido selecionados e nada estava fora de validade. O que será que estava acontecendo? Um calor imenso começou na ponta do pé e foi subindo gradualmente. Será que seria o seu fim? Uma ambulância era o que ela precisava. Começou a procurar pelo telefone, onde que ele tinha ido parar?! A dor era absurda e estava cada vez pior. Procurou anti-ácidos ou qualquer outro comprimido para a dor, que custava a passar, porém de repente tudo tinha sumido. A casa estava rodando e ela desmaiou. Ninguém nunca mais ouviu falar da célebre chef outra vez.

16 de jan. de 2011

Bicho pão

Nina gosta de aventura. Acampar principalmente. Estamos em um mundo paralelo em que o caos toma conta. Para que possa sobreviver, acha divertido sair de casa e entrar em contato com a natureza. Brincadeiras e jogos tomam conta do acampamento e ela sabe muito bem a regras. Não entre na mata. Nunca entre lá. São as histórias contadas pelo monitor, que sinceramente chegam a me assustar. Com grandes sonhos, ela não cogita estragá-los entrando na mata, ninguém pode confirmar o que tem lá. Noite após noite ela se debate com a curiosidade, mas não a deixa ultrapassar limites. Com sede, ela levanta para beber água e comer um pouco de pão. A água ela acha mas o pão? Ele sumiu. E noite após noite ele vem sumindo. Procurar na mata, nem pensar. Tinha medo. A lenda do Bicho Pão vem a sua mente numa noite chuvosa. Tenta esquecer. A curiosidade vem crescendo a cada noite que o pão desaparece e sem resistir mais, entra na mata. Corre em busca de pistas mas nada parece surgir agora que está lá. Para acabar de vez com suas suspeitas, diminui a velocidade dos passos, vai calmamente andando pelas trilhas para ter visão de tudo que está acontecendo. Não vê nada e então volta para sua barraca e adormece. Ai MEU DEUS ela vê o mostro. Pera aí, ela se vê roubando o pão. Então é ela! Acorda sobressaltada, meu Deus era um sonho, um grande sonho.

14 de jan. de 2011

Assassinos em Casa

Lisa é uma estrela, e do mais alto porte. Não se mete em encrencas, não fuma e não bebe, mas é claro que também tem seus pecados. Vive em clínicas de estética, sabe que merece estar bela. Um novo ano se aproximava e com ele vinha uma novo contrato, no qual ele estrelaria um novo filme e já tinha certeza que seria um recorde de bilheteria. Grandes estrelas, um ótimo diretor, além de bons ajudantes de camarim. O filme seria rodado na China, e lá também seria o lugar onde fariam o Red Carpet. Claro que o mais esperado não era o filme ou os colegas de elenco. Não. Era ela. A pessoa mais bonita e influente do mundo. Ela passava dias e noites se cuidando e é claro comprando. Viciada em compras ela abusava do cartão de crédito e ela ainda não tinha achado o vestido perfeito para a estreia apesar de procurar exaustivamente. Passam dias. É a hora. Última olhada no espelho. O QUÊ? Volta para o espelho. Confere se viu bem. E então grita. Seu assassino, bem ali, na sua frente! Ele veio e agora era para sempre, nunca mais iria embora, porque era uma ruga.

12 de jan. de 2011

A viagem maligna.

Daise andava solitária. Não era de se duvidar, depois do marido ter se suicidado e o filho cortado os pulsos, ela era considerada A Azarada. Triste qualidade essa atribuída de mal grato. Mesmo antes dos terríveis acidentes, ela já havia se programado para uma viagem. A viagem dos sonhos como dizia na agência onde fizera o pacote. Mal se importava com os incidentes, queria mais era ser feliz! O marido estava morto e o filho internado, nada mais podia fazer. Oriente Médio, terra das riquezas e dos costumes, era lá que era pousaria. Deixaria as más línguas para trás e arranjaria um novo namorado. Sim, era isso que faria. A viagem até lá foi extremamente calma, o hotel, lindo. As belezas de um lugar do outro lado do mundo. Passeava de dia, fazia compras e até presentes para o filho comprou. A noite a vida era outra, com bares e boates reservadas. Conheceu uma cara por quem se apaixonou. Sabia que era amor, nunca havia se sentido assim. Naquela mesma noite, já no hotel ela teve um sonho: seu marido vinha à Terra e cortava a garganta de seu novo namorado. Logo no dia seguinte, ela subiu na parte mais da mesquita local, e cortou a própria garganta. É, a vida nunca mais foi a mesma.


10 de jan. de 2011

Mãos atadas

Minha mãe é maluca, todos sabem. A não ser que sua mãe também fume maconha na hora do almoço, escove os pés com um garfo e use azeite como óleo de massagem. Fomos ao shopping, era a inauguração e eu estava ansiosa por esse dia. Minha mãe tinha me prometido um par novo de sapatos e como sempre eu tinha certeza de que essa promessa não seria cumprida. Pelo menos até quando chegamos lá. O paraíso tinha se instalado na Terra, eu sabia, e como se do nada tudo tivesse mudado, eu ganhei os meus sapatos novos. Quem um dia acreditaria nisso? Bom, nem eu para ser sincera, aquilo me cheirava a encrenca, algo parecia estar totalmente errado. Deixei as coisas como estavam, sem querer parecer abusiva ou intrometida. Não queria parecer desconfiada ou insatisfeita com o lindo presente que minha mãe me proporcionara. Deixei os dias passarem sem me preocupar com o propósito do presente afinal, ele poderia ser mesmo somente um bom presente. Desconfiava cada vez mais, porque afinal, minha mãe estava mudando, estava virando responsável e normal, e não era isso que eu apreciava nela, não mesmo. Foi então que eu vi, na mesa, solitária, a Carta. Meu pai queria minha guarda, preciso dizer mais?

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Andando no Mundo

Estar todo dia num só lugar não nos trás a devida felicidade, queremos ir além e voar pelos diversos mundos. É por isso que a Internet é tão popular. Procura-se alguém super independente dela. Possível? talvez. Criei esse blog como maneira de escrever mini histórias, pois sempre tive vontade de escrever um livro, mas isso acho que não vai acontecer, a não ser que eu publique meus mini contos. Escrever assim além de mais interessante é mais fácil e prático. Agora poderei dividir minhas ideias, criadas a partir de meus livros favoritos! Vou manter um a lista com eles, acho que será útil, se é que eu tiver leitores(risos). Bom o fato é que eu morria de vontade de ter um blog por culpa do Leo, meu amigo escritor que me chamava assim. Agradeço a ele! Certo, essa foi a minha introdução xoxo-Me. 

9 de jan. de 2011

O Primeiro começo.

Summer adora seu estilo de vida, ou melhor o do seus pais. A qualquer  momento sem propósito ou escolha, a mudança vem, e com ela os desastres da sua vida vem junto. Não se adaptar era pouco, Summer sempre fica perdida, e acabava estragando tudo. Era melhor se mudar. Assim podia esquecer, e fazer tudo de novo. Na sétima mudança aconteceu o que pra uns seria ótimo, mas para ela era a morte: a garantia de que essa seria a última mudança. Como poderia ela se adaptar? A vida começava a se acomodar e os anos começavam a se acumular na coluna piores. Crueldade que parecia só agraciar a Summer, a garota esquisita. Em casa seu pai via seu sofrimento, porem não sabia como ajudá-la. Mais fácil para ele e sua esposa era deixar que ela tentasse uma adaptação sozinha. Apesar de todos os péssimos anos que tivera, esse parecia o melhor entre todos. Porque parecia que o mundo começava a ajudá-la e a enquadrá-la na terrível sociedade. Ansiosa com as novas oportunidades, Summer descobriu que nada nunca esteve perdido e ela só nunca soube olhar bem as suas oportunidades.
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