26 de jan. de 2011

Minhas Meias!! Nããão..

Andando pelo parque eu lembrei de um tempo que realmente eu tinha certeza que não ia mais voltar. O tempo que eu ganhava dinheiro fácil, enganando alguns e mentindo para outros. Não me orgulho, mas era bom. Hoje em dia, só consigo comprar as coisas mais urgentes. Surgiu uma nova oportunidade de um dinheiro fácil, porém sujo. Não sei se valia a pena arriscar, mas eu precisava da grana. Resolvi que ninguém igual precisava saber, seria mais um segredo para mim. Simples, se não o mais. No sábado fui até o cais, onde num dos armezéns o pessoal da lavagem se concentrava. Tinha um empreendedor, ele era o cabeça e com a grana comprariam uma onça para repassar a um zoo clandestino. O negócio era certeiro, e a grana era alta. Meter-se na jogada tinha valido à pena e eu voltava as boas. A entrega estava prevista para dali a um mês. Nada podia dar errado, a jogada era perigosa, nós estávamos nos arriscando de mais mas o mês havia passado rápido e sem ninguém desconfiando. Quem desconfiaria de um armazém, que recebia cargas uma vez por dia? O plano ia perfeito, a onça tinha chegado e por sorte era bem tranquila, não fazia alardes e era fácil de manter até a hora da entrega. Quem poderia me dizer na época que aquela onça DEVERIA estar fazendo barulhos? Pois bem, a onça veio morta, o negócio foi pro espaço, o cheiro ficou muito forte (ela havia morrido há horas), os vizinhos do armazém chamaram a polícia e eu fugi pra Argentina. Nem minhas meias sobraram. Buá. :'(


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