13 de ago. de 2011

MSN de Papel

                Durante os dias milhares de alunos ao redor do mundo trocam bilhetinhos de papel, voadores que habitam as salas de aula. Será mesmo? Eu acredito que sim, que em todo o mundo o terror dos professores é conhecido. Mas o engraçado foi um certo bilhete que um dia me chegou, intitulado MSN de Papel. O diálogo não era meu, nem foi a mim encaminhado. Achei ele na rua. Veja:
Marina diz:
Oiii Felipa tudo bem? Como foi sua tarde ontem?

Felipa diz, mas não queria:
Guria não me enche e presta atenção na aula

Marina diz:
Aii migs, para com isso. E os boys como estão?

Felipa diz, mas novamente não queria:
Eu não sou tua amiga, já há anos!!! Olha só eu não te devo satisfações do que eu faço!

Marina diz:
Qual é, ta se achando superior?
Cuidado dondoca que eu te pego

Felipa diz:
Hã??? Tu tem problemas, porque eu estou aqui em paz, de boa, você que ficou maluca em me mandar esse bilhete, e além do mais seu cabelo está esquisito.

Marina diz:
Fiquei com teu namorado ontem.

                Sim, isso mesmo acabou ai, bem quando ia ficando bom...



28 de mai. de 2011

De repente foi

"Eu quase já tinha me esquecido de você". Pensando nisso, ela calmamente se senta no mesmo balanço em que costumava sentar a vida de estudante inteira. Olha para os lados. Nenhuma movimentação como a que costumava ter na época em que tinha aula. A sentença de morte da escola já estava definida e toda uma história estava aguardando para ser colocada abaixo. Eu estava ali por um motivo, mas já tinha me esquecido qual era. Recolhi minhas coisas, minhas mágoas e sentimento. Eu andava muito emocional ultimamente, já tinha passado na creche, na casa antiga da minha vó e agora na escola. Queria uma resposta sobre isso. Fico tão emocional que não posso acreditar. Não era assim, nunca fui. Queria uma resposta, um médico. Por mais que já me disseram que eu sou maluca acredito no poder da medicina. Era meu pesadelo, uma resposta que mudou tudo. Eu estava grávida.

14 de abr. de 2011

Lágrimas vermelhas

                                                        [...]
                                                       "Era um sonho dantesco... o tombadilho  
                                                        Que das luzernas avermelha o brilho.  
                                                        Em sangue a se banhar.  
                                                        Tinir de ferros... estalar de açoite...  
                                                        Legiões de homens negros como a noite,  
                                                        Horrendos a dançar... " [...]
                                                                             Navio Negreiro - Castro Alves


"Hoje choro por este corpo sem vida, que agora desfalecido, manda sua alma aos céus. Céu, que grande ironia, ó Deus, será você negro, branco ou mestiço? Por esse sofrimento desumano que nos faz passar, porque ó Deus nos traz essa tormenta? Qual é ó pai os nossos pecados? A igualdade que antes sonhava agora fora arrancada de mim por esse capataz que estala seu açoite com a mesma graça que a bailarina faz seus movimentos. No meu amor antes empenhado no corpo que agora jaz lá fora, longe de meus poderes, morre junto." E com essa prece silenciosa apaguei o lampião e me deitei em meu colchão de palha para tentar dormir. Minha vida virada, arrasada. Na manhã silenciosa não encontro aquele que procuro mas o trabalho ma cerca e me caleja. Já a tardinha, sou chamada na casa do patrão. Peço aos céus proteção, graças, não era castigo. Estava recebendo uma promoção, agora iria trabalhar na casa dos senhores, se vestiria melhor e seria a dama de companhia da filha do senhor. Sem mais trabalhos pesados na plantação de café nem capinar de sol a sol. Os dias vão passando, as marcas de um passado onde meu amor foi roubado brutalmente por um capataz vão com o tempo desaparecendo. Numa noite, enquanto faço minha prece silenciosa ouço um barulho de passos fora do comum. A porta do meu quarto se abre e meu senhor entra no quarto. Não gosto da sensação fria que percorre o meu corpo com o olhar que ele me lança. Temo agora pelo meu futuro, pela minha vida escravizada que nunca viu um raio de liberdade. Já ouvi histórias de negras abusadas e depois grávidas, abandonadas nas senzalas como imprestáveis. Fecho os olhos, choro e sofro.


1 de abr. de 2011

"Se o homem não aceita seu passado, não terá futuro." O Retorno da Múmia


Então não remoa o passado, esse não volta. Cresça para o futuro e nele evolua sem cometer os mesmos erros.

XOXO-Imma Be

26 de mar. de 2011

Com todo amor...

Tenho andado distraída. A minha viagem semana que vem implica em muitas mudanças. O país é novo, a cultura totalmente diferente. O que eu abandonar aqui dificilmente terei por lá. Mesmo assim, estou decidida a partir. Hoje briguei com minha mãe sobre isso. Ela acha que devido as altas taxas de suicídio na China, isso me afetará. Eu não comentei, eu irei para a China. E não, não vou me suicidar. HAHA. Eu ainda tenho a vida toda pela frente. Porém vou dormir pensando nesse problema. E isso vai se acumulando até o dia da viagem. Eu já estava a um mês por lá quando um fato me chamou a atenção. Eu com 32 anos era uma das únicas do meu curso que não era milionária. Me bateu um desespero, essa vida competitiva, cheia de problemas, essa agitação toda. Não era o que queria pra mim. Mesmo sendo inverno dirigi até a cidade litorânea mais próxima e com o carro em cima da ponte decidi me jogar.

18 de mar. de 2011

"Duas pessoas só se machucam quando duvidam do amor que sentem" 
                                                                    Dogville   

Será que isso se aplica a mim? Não é o que eu acredito


                             XOXO- Imma Be


Minha alma não é gélida, só não expressa tanto amor.

17 de mar. de 2011

Lua de mel

Anne receberia pela primeira vez o namorado em seu loft, e queria que ele estivesse apresentável. Não que a fama da sua casa fosse boa. Ele era um pouco assustador, lembrava uma casa antiga, cheia de amuletos e  estátuas de madeira. Sua mãe uma vez fizera um circo ao redor da decisão dela de pintar o loft de preto por fora. O síndico havia implicado, mas isso era questão superada. Tudo estava aparentemente pronto, e o jantar seria uma lasanha "molhenta", receita da sua avó. Anne queria que a noite fosse calma e aconchegante, jurava que esse namorado ela não perderia por nenhuma esquisitice do mundo. E assim fez. Uma adorável refeição, um adorável papo e uma deliciosa noite. E por anos isso poderia durar sonhava Anne. Mas como na vida dela nada era simples e a primavera não podia ser mais desastrosa apareceu um novo homem na sua vida. Isso de fato nunca havia acontecido na vida dela. Dividida e sem dúvida perdida ela não sabia em quem descarregar o fato de que podia não estar mais apaixonada pelo atual namorado. Tudo isso acompanhado de uma tequila, fez um estrago na noite que passou sozinha em casa. Pela secretária eletrônica ela havia ligado para os dois. MERDA. Só isso que pensava. Anne devia ter estragado tudo. Com os dois. Tomou uma atitude. Foi na casa do ex, tacou-lhe um beijo e um tapa e foi embora. Foi na casa do novo amor tacou-lhe um beijo e se declarou. Era com ele que queria ficar. E assim foi. Casaram e foram relativamente felizes. Ele só tentou se matar cinco vezes, porém foi sempre salvo.

15 de mar. de 2011

Damn Sweet: My?

Damn Sweet: My?: "We have the habit of thinking that everything belongs to us."

Tirado do Post My? por Damn Sweet  
                                          xoxo-Imma Be

13 de mar. de 2011

Uma falsa cortesã

1920- Ikumat era a nova gueixa de uma famosa okiya ao norte do Japão. Seus pais a haviam vendido pela necessidade de dinheiro, e ela estava inconformada com a situação. Levada a força pela okaasan foi educada para ser uma perfeita gueixa. Enquanto maiko ela aprendia a dançar, tocar e a ser uma perfeita acompanhante. A vida de luxo compensava as dificuldades para se tornar uma grande gueixa. Ikumat tinha uma onee-san muito prestativa e podia ser frequentemente vista em banquetes e festas. Porém Ikumat não queria essa vida para ela. Seus interesses eram maiores do que ser acompanhante de poderosos homens de negócios. O quimono comprido e o penteado grande indicavam que ela era ainda maiko mas o estágio já estava quase se esgotando. Em um dos banquetes, ela então conheceu Gomã, o concorrente a primeiroministro do Japão. Ele muito encantado com a beleza e a dança da jovem passou a recusar outras gueixas e esperar pelo amadurecimento da jovem maiko.  Ikumat não queria casar, pretendia continuar como gueixa afinal, já havia se acostumado com o padrão muito bom de vida, assim com seu novo obi e seu colarinho branco estava formada e passava a ser uma geiko. Podendo então ser um acompanhante estava cheia de pretendentes que queriam desfrutar de sua companhia, e ela, num impulso sentou-se perto Gomã, pois gostava da maneira como ele a olhava e a cortejava. Passaram então a serem amigos, companheiros, amantes. Essa condição deixava Ikumat deprimida pois dificultava ela de levar seu plano a diante, porém ela era mulher de uma palavra só. Gomã, eleito primeiroministro, queria a companhia exclusiva de Ikumat e para isso tornou-se o seu danna, desligando-a da okiya e bancando-lhe uma nova casa. Perto de concluir seu plano, ela pegou todos os itens necessários e os levou ao quarto, onde a noite ela finalmente o botaria em prática. Gomã chegou tarde, mas hoje seria a primeira noite que ele teria com sua amada gueixa. Ela estava deitada esperando-o. Ele chegou calmamente e deitou-se em cima dela, quando afundou sua cabeça no seu pescoço ela o acertou com sua adaga de prata. Um único golpe, certeiro e firme. Livre enfim.

10 de mar. de 2011

Uma tigela de sopa

Eu ando meio deprimida, com todos os problemas que surgiram de uma hora pra outra e eu tenho certeza de que a qualquer momento eu vou explodir. SÉRIO. Por que ter 17 anos só é fácil se for um filme, e olha que ultimamente nem em filme isso ficou fácil. O novo casamento da minha mãe está me matando, o cara além de mala é um escroto. Tudo bem que ela afirma que ele é o amor da vida dela, mas alô, ela não tem mais 15 anos. A eu não mencionei, ela casa amanhã e eu já prevejo o desastre. Quem além dela convidaria o ex-marido? Pior são as hippies com quem ela morou na Argentina. Felicidade me parece algo distante por aqui, com o caos em que a decoradora deixou o salão, porque ela acabou fugindo com um ex-presidiário com quem ela havia namorado (história da qual eu não fui poupada nas horas em que eu tive que ajudar na arrumação). Se não fosse suficiente meu namorado resolveu me deixar, é isso mesmo, largada, no meio desse tumulto todo. "Giovanna mudei de ideia, liga lá pro teu pai e diz que eu vou me casar no quintal da casa dele". ??? Ela surto de vez, só pode ser brincadeira. "Já liguei preguiçosa, estamos de mudança, vamos!". Nesse momento eu devia fugir, mas não conseguiria abandoná-la. Por isso como boa filha ajudei na mudança da festa, e quando ficou tarde fui dormir. O pior dos dias estava para começar quando um telefonema que não podia ser melhor acabou com a felicidade da minha mãe. Minha irmã mais velha tinha chaga de madrugada, e visto meu padrasto ainda acordado. Segundo ela foi amor à primeira vista e eles fugiram para Vegas afim de se casarem. Eu estava chocada e querendo consolar minha mãe quando... MÃE? MÃÃE? 

11 de fev. de 2011

Uma lembrança, um começo

Olhando para as ondas que vinham e ia num ritmo sincronizado, sem pressa, Edgar pensava. Não só sobre o passado, mas sobre um futuro bem presente. Estava longe de casa, da família e dos amigos. Restava a ele a namorada que estava o acompanhando na viagem. Saindo sem avisar, caminhou até a praia, ou pelo menos até um lugar dotado de ondas. O vento lhe soprava o cabelo, precisaria lavá-lo pensou, e se lembrou de um antigo trabalho do qual foi demitido sem uma causa consistente. Brigar com os malditos clientes que eram tão indecisos que o deixavam furioso. Não gostava do fato de eles serem abusados ao ponto de escolherem coisas e depois devolverem por falta de vontade. A vez decisiva foi quando ele se recusou a atender um ricaço que costumava comprar na loja, porém seu vendedor estava de férias, e ele fora solicitado. O cara era arrogante, e sempre reclamava da maioria das opções da loja. Não iria aturar ele, então meu chefe também não ia mais me aturar. Rua. Cá estou eu me lamentando e esperando a bondade de alguém que queira me contratar. Alguém? Levanto, dou as costas para as ondas e saio caminhando sem rumo. 

6 de fev. de 2011

FUGA

Certo, no dia em que isso realmente funcionar pode mandar me chamar, foi o que eu disse a minha melhor amiga. Se ela acha que um plano idiota como esse que ela estava tramando para separar seu ex da atual iria funcionar, pois bem ela me decepcionou. Não basta algo simples, você precisará de algo um pouco mais pesado, como querer ficar bêbada com licor, haja licor. Fora toda essa baboseira, tinha uma coisa da qual eu estava querendo fugir o dia inteiro mas ela parecia voltar como um imã, se fosse possível eu voltaria no tempo e nunca procuraria minha caneta naquela caixa.  A caixa era muito pequena para caber uma caneta, e eu já pressentia que ela não estava ali. Mas algo muito comprometedor e ao mesmo tempo perigoso estava sendo guardado pelo Lucca na caixinha doura de seda. Esse meu sentimento “intruso” fez com que eu lembrasse uma série que eu costumava assistir, cujo nome não me recordo.  Porém, a carta bem dobrada indicava algo que me despertava o interesse. Será que uma amante? Uma prostituta italiana que mandava lembranças? Hora se quisesse mandar lembranças que tivesse mandado e-mail. Mas a carta parecia antiga, mais como uma lembrança guardada a sete chaves. Naquele momento eu estava abrindo a carta e começando a ler. “Mamãe, ninguém aqui desconfia que” ouço um barulho e me viro. A carta é tomada da minha mão e surgi Lucca do nada. Ele a queima e sem reação eu saio correndo querendo entrar na terra. Uma semana longe deveria ser o suficiente.  


30 de jan. de 2011

"Assim como as estações, as pessoas têm a habilidade de mudar. Não acontece com freqüência, mas quando acontece, é sempre para o bem. Algumas vezes leva o quebrado a se tornar inteiro de novo. Às vezes é preciso abrir as portas para novas pessoas e deixá-las entrar. Na maioria das vezes, é preciso apenas uma pessoa que tenha pavor de demonstrar o que sente para conseguir o que jamais achou possível. E algumas coisas nunca mudam. E que comece o novo jogo."
Gossip Girl


26 de jan. de 2011

Minhas Meias!! Nããão..

Andando pelo parque eu lembrei de um tempo que realmente eu tinha certeza que não ia mais voltar. O tempo que eu ganhava dinheiro fácil, enganando alguns e mentindo para outros. Não me orgulho, mas era bom. Hoje em dia, só consigo comprar as coisas mais urgentes. Surgiu uma nova oportunidade de um dinheiro fácil, porém sujo. Não sei se valia a pena arriscar, mas eu precisava da grana. Resolvi que ninguém igual precisava saber, seria mais um segredo para mim. Simples, se não o mais. No sábado fui até o cais, onde num dos armezéns o pessoal da lavagem se concentrava. Tinha um empreendedor, ele era o cabeça e com a grana comprariam uma onça para repassar a um zoo clandestino. O negócio era certeiro, e a grana era alta. Meter-se na jogada tinha valido à pena e eu voltava as boas. A entrega estava prevista para dali a um mês. Nada podia dar errado, a jogada era perigosa, nós estávamos nos arriscando de mais mas o mês havia passado rápido e sem ninguém desconfiando. Quem desconfiaria de um armazém, que recebia cargas uma vez por dia? O plano ia perfeito, a onça tinha chegado e por sorte era bem tranquila, não fazia alardes e era fácil de manter até a hora da entrega. Quem poderia me dizer na época que aquela onça DEVERIA estar fazendo barulhos? Pois bem, a onça veio morta, o negócio foi pro espaço, o cheiro ficou muito forte (ela havia morrido há horas), os vizinhos do armazém chamaram a polícia e eu fugi pra Argentina. Nem minhas meias sobraram. Buá. :'(


18 de jan. de 2011

Mudanças

Recentemente quando estava voltando de uma participação num atrativo culinário de um canal de TV local, vi um bueiro. Mas o que tinha chamado minha atenção foi o pequeno papel dobrado duas vezes no meio. Receita Mágica era o título da pequena dobradura. Uma olhada rápida não faria mal e também, ele estava perdido. Comida sempre foi uma paixão minha, e não faria mal experimentar essa receita. Fui para casa, notei que o dia tinha ficado nublado e uma chuva bem grande se aproximava. Já na cozinha pronta para encarar a tal receita o telefone toca. Uma voz desconhecida dizia em bom som: não faça a receita. Não fazer a recita? Por que? Resolvi continuar mesmo assim, sempre com a lembrança da voz na minha cabeça. O resultado era uma linda e deliciosa torta de romã. Nada de mais ao meu ver. Sinceramente, queria descobrir quem foi o louco que me ligou mas não tive tempo de pensar, só de correr e nem foi para fugir, foi para ir ao banheiro. Eu estava achando que meus intestinos tinham virado de tão ruim que eu me sentia. Não poderia ter sido a torta, todos os ingredientes tinham sido selecionados e nada estava fora de validade. O que será que estava acontecendo? Um calor imenso começou na ponta do pé e foi subindo gradualmente. Será que seria o seu fim? Uma ambulância era o que ela precisava. Começou a procurar pelo telefone, onde que ele tinha ido parar?! A dor era absurda e estava cada vez pior. Procurou anti-ácidos ou qualquer outro comprimido para a dor, que custava a passar, porém de repente tudo tinha sumido. A casa estava rodando e ela desmaiou. Ninguém nunca mais ouviu falar da célebre chef outra vez.

16 de jan. de 2011

Bicho pão

Nina gosta de aventura. Acampar principalmente. Estamos em um mundo paralelo em que o caos toma conta. Para que possa sobreviver, acha divertido sair de casa e entrar em contato com a natureza. Brincadeiras e jogos tomam conta do acampamento e ela sabe muito bem a regras. Não entre na mata. Nunca entre lá. São as histórias contadas pelo monitor, que sinceramente chegam a me assustar. Com grandes sonhos, ela não cogita estragá-los entrando na mata, ninguém pode confirmar o que tem lá. Noite após noite ela se debate com a curiosidade, mas não a deixa ultrapassar limites. Com sede, ela levanta para beber água e comer um pouco de pão. A água ela acha mas o pão? Ele sumiu. E noite após noite ele vem sumindo. Procurar na mata, nem pensar. Tinha medo. A lenda do Bicho Pão vem a sua mente numa noite chuvosa. Tenta esquecer. A curiosidade vem crescendo a cada noite que o pão desaparece e sem resistir mais, entra na mata. Corre em busca de pistas mas nada parece surgir agora que está lá. Para acabar de vez com suas suspeitas, diminui a velocidade dos passos, vai calmamente andando pelas trilhas para ter visão de tudo que está acontecendo. Não vê nada e então volta para sua barraca e adormece. Ai MEU DEUS ela vê o mostro. Pera aí, ela se vê roubando o pão. Então é ela! Acorda sobressaltada, meu Deus era um sonho, um grande sonho.

14 de jan. de 2011

Assassinos em Casa

Lisa é uma estrela, e do mais alto porte. Não se mete em encrencas, não fuma e não bebe, mas é claro que também tem seus pecados. Vive em clínicas de estética, sabe que merece estar bela. Um novo ano se aproximava e com ele vinha uma novo contrato, no qual ele estrelaria um novo filme e já tinha certeza que seria um recorde de bilheteria. Grandes estrelas, um ótimo diretor, além de bons ajudantes de camarim. O filme seria rodado na China, e lá também seria o lugar onde fariam o Red Carpet. Claro que o mais esperado não era o filme ou os colegas de elenco. Não. Era ela. A pessoa mais bonita e influente do mundo. Ela passava dias e noites se cuidando e é claro comprando. Viciada em compras ela abusava do cartão de crédito e ela ainda não tinha achado o vestido perfeito para a estreia apesar de procurar exaustivamente. Passam dias. É a hora. Última olhada no espelho. O QUÊ? Volta para o espelho. Confere se viu bem. E então grita. Seu assassino, bem ali, na sua frente! Ele veio e agora era para sempre, nunca mais iria embora, porque era uma ruga.

12 de jan. de 2011

A viagem maligna.

Daise andava solitária. Não era de se duvidar, depois do marido ter se suicidado e o filho cortado os pulsos, ela era considerada A Azarada. Triste qualidade essa atribuída de mal grato. Mesmo antes dos terríveis acidentes, ela já havia se programado para uma viagem. A viagem dos sonhos como dizia na agência onde fizera o pacote. Mal se importava com os incidentes, queria mais era ser feliz! O marido estava morto e o filho internado, nada mais podia fazer. Oriente Médio, terra das riquezas e dos costumes, era lá que era pousaria. Deixaria as más línguas para trás e arranjaria um novo namorado. Sim, era isso que faria. A viagem até lá foi extremamente calma, o hotel, lindo. As belezas de um lugar do outro lado do mundo. Passeava de dia, fazia compras e até presentes para o filho comprou. A noite a vida era outra, com bares e boates reservadas. Conheceu uma cara por quem se apaixonou. Sabia que era amor, nunca havia se sentido assim. Naquela mesma noite, já no hotel ela teve um sonho: seu marido vinha à Terra e cortava a garganta de seu novo namorado. Logo no dia seguinte, ela subiu na parte mais da mesquita local, e cortou a própria garganta. É, a vida nunca mais foi a mesma.


10 de jan. de 2011

Mãos atadas

Minha mãe é maluca, todos sabem. A não ser que sua mãe também fume maconha na hora do almoço, escove os pés com um garfo e use azeite como óleo de massagem. Fomos ao shopping, era a inauguração e eu estava ansiosa por esse dia. Minha mãe tinha me prometido um par novo de sapatos e como sempre eu tinha certeza de que essa promessa não seria cumprida. Pelo menos até quando chegamos lá. O paraíso tinha se instalado na Terra, eu sabia, e como se do nada tudo tivesse mudado, eu ganhei os meus sapatos novos. Quem um dia acreditaria nisso? Bom, nem eu para ser sincera, aquilo me cheirava a encrenca, algo parecia estar totalmente errado. Deixei as coisas como estavam, sem querer parecer abusiva ou intrometida. Não queria parecer desconfiada ou insatisfeita com o lindo presente que minha mãe me proporcionara. Deixei os dias passarem sem me preocupar com o propósito do presente afinal, ele poderia ser mesmo somente um bom presente. Desconfiava cada vez mais, porque afinal, minha mãe estava mudando, estava virando responsável e normal, e não era isso que eu apreciava nela, não mesmo. Foi então que eu vi, na mesa, solitária, a Carta. Meu pai queria minha guarda, preciso dizer mais?

s? 

Andando no Mundo

Estar todo dia num só lugar não nos trás a devida felicidade, queremos ir além e voar pelos diversos mundos. É por isso que a Internet é tão popular. Procura-se alguém super independente dela. Possível? talvez. Criei esse blog como maneira de escrever mini histórias, pois sempre tive vontade de escrever um livro, mas isso acho que não vai acontecer, a não ser que eu publique meus mini contos. Escrever assim além de mais interessante é mais fácil e prático. Agora poderei dividir minhas ideias, criadas a partir de meus livros favoritos! Vou manter um a lista com eles, acho que será útil, se é que eu tiver leitores(risos). Bom o fato é que eu morria de vontade de ter um blog por culpa do Leo, meu amigo escritor que me chamava assim. Agradeço a ele! Certo, essa foi a minha introdução xoxo-Me. 

9 de jan. de 2011

O Primeiro começo.

Summer adora seu estilo de vida, ou melhor o do seus pais. A qualquer  momento sem propósito ou escolha, a mudança vem, e com ela os desastres da sua vida vem junto. Não se adaptar era pouco, Summer sempre fica perdida, e acabava estragando tudo. Era melhor se mudar. Assim podia esquecer, e fazer tudo de novo. Na sétima mudança aconteceu o que pra uns seria ótimo, mas para ela era a morte: a garantia de que essa seria a última mudança. Como poderia ela se adaptar? A vida começava a se acomodar e os anos começavam a se acumular na coluna piores. Crueldade que parecia só agraciar a Summer, a garota esquisita. Em casa seu pai via seu sofrimento, porem não sabia como ajudá-la. Mais fácil para ele e sua esposa era deixar que ela tentasse uma adaptação sozinha. Apesar de todos os péssimos anos que tivera, esse parecia o melhor entre todos. Porque parecia que o mundo começava a ajudá-la e a enquadrá-la na terrível sociedade. Ansiosa com as novas oportunidades, Summer descobriu que nada nunca esteve perdido e ela só nunca soube olhar bem as suas oportunidades.
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